23 dezembro 2011

pontos no tempo

Natal chegando trazendo clima próprio de gratidão, alegria e um dos maiores presentes por D-us oferecido que são os bons momentos em família. Momentos prá  desfrutar da companhia de todos sem pressa, trocar presentes, e reforçar a lembrança do maior símbolo de amor já expresso no universo, o D-us se tornando homem, se encontrando com a humanidade prá cumprimento do plano de reconciliação, e qualquer referência de amor vem dessa ligação eterna do Criador com a criatura!


Estava por lembrar de um outro Natal, o de 2004! Na ocasião ganhei dos meus sogros passagem prá visitá-los lá no outro continente, e posso me lembrar como hoje dessa viagem. 18 de dezembro, aeroporto de guarulhos lotado, malas acompanhadas de embrulhos natalinos e aquela ansiedade boa de quem está prestes a entrar no capítulo "férias fim de ano" rumo a um lugar ainda desconhecido em boa companhia (e a soma disso tornaram os dias inesquecíveis!). Às 21:00h, no vôo 963 embarcamos destino Dallas. O clima já na chegada era de frio extremo, nevava e os termômetros marcavam algo próximo a -10ºC. Andar pela cidade logo cedo e ver as casas com seus telhados branquinhos, luzes coloridas, árvores de natal em companhia de bonecos de neve gorduchos foi fascinante, principalmente por se tratar de uma brasileira de primeira viagem apaixonada pelo clima gélido (e coloquem essa paixão em negrito). Passamos momentos especiais, aqueles que merecem moldura no retrato da mente! Registros inapagáveis, pontos no tempo inesquecíveis!


Se gratidão é a memória do coração, a minha se reporta à Ele que escreveu belos capítulos no meu livro, e que hoje continua a escrever em outras folhas, com o mesmo carinho, aquele próprio de um Pai que olha pra filha e deseja só o melhor pra ela! (e ela se esforça por reconhecer isso!)


Meu desejo à todos é por um Natal repleto de amor no aconchego desse Pai!
Talvez o melhor enfeite é um grande sorriso, aquele que exprime alegria por ser filha desse D-us que se faz presente de maneira suficientemente grande! 

02 dezembro 2011

voluntariado


Subo pelo elevador, com meu jaleco azul de botões coloridos, mentalizando sobre todas orientações passadas no treinamento. Estou prestes a começar meu trabalho de voluntariado. É necessário fazer a transição de enfermeira prá voluntária (e acreditem essa é uma parte bem difícil prá mim!). Ao chegar no andar, as portas se abrem e já de frente me deparo com uma bela árvore colorida, pintada a mão, repleta de frutos. Bem diferente dos outros hospitais com pintura neutra, percebo ser esse um ambiente especial, uma estrutura bem preparada, que por si só transmite acolhimento! Posso já sentir o "cheiro hospitalar". Caminho pelo corredor até acessar a área dos quartos, e esses encontram-se em posição de círculo, todos com vidros, o que facilita o contato visual. Me deparo com 09 leitos, com crianças em fases diferentes de tratamento, bem como em idade entre 1 a 15 anos. Decido por entrar no quarto da **  - uma garotinha linda de 5 anos que está sentada no leito recebendo antibiótico, após tratamento de leucemia linfóide por quase 3 anos. Ela mal percebe minha chegada, enquanto pinta com tintas guache. Me apresento e tento criar um diálogo mostrando um desenho a ser colorido e sem me dirigir os olhos ela concorda em "brincar comigo". Retiro da bolsa uma dúzia de lápis e uma folha com desenho de um jardim repleto de flores (tenho paixão por plantas e jardins, aqueles que você planta, cuida, vê crescer e florescer - farei post sobre) e daí começamos a pintar, dividir lápis, trocar palavras... coisas simples e de significado incontável! A hora se apressa e chega o momento de despedir... com beijo no ar (pacientes oncológicos devem ser ‘preservados’ de maiores contatos), uma pena porque a vontade verdadeira é por abraçar!
Saio do quarto com sensação de dia especial, momento único de vida! 


Hoje faço parte da família Boldrini. Decidi por dedicar algumas horas por algo que dá sentido especial prá minha vida e que já se mistura com minha história! Desenvolver o voluntariado em um hospital de atendimento oncológico infantil tem sido um privilégio tamanho! A instituição é filantrópica, sendo que 80% dos pacientes são tratados pelo SUS, um exemplo de compromisso social! Lá eles detém um centro de pesquisa vinculado à Unicamp, na busca por novos caminhos de tratamento. O atendimento aos pacientes segue com base humanizada, e isso já notado de imediato, desde a entrada!


Diversos campos de ação estão disponíveis: acompanhamento escolar, capelania (minha escolha!), oficina de capacitação, recreação, terapias de suporte, força jovem, central de doações, entre outros tantos...


Aqui vai uma foto do prédio principal:



De tudo que presencio e compatilho hoje, uma expressão daquilo já tem sido:


"O espírito se enriquece com aquilo que recebe. O coração, com aquilo que dá." VH

19 novembro 2011

coisas em comum




"... e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo."  
(I João 1.3)

A vida me tem ensinado que comunhão espiritual avança bem além do meu simples momento de meditação com Ele, e o conceito da palavra é bastante claro, uma vez que se deriva da palavra “comum”. 

Deixando de lado os aspectos naturais de qualquer comunhão que é simplesmente ter coisas em comum com alguém, seja em ideais, planos, gostos, e por assim vai, me detenho no aspecto espiritual da comunhão. E sim, esse aspecto me interessa! 

Ter momentos de reflexão nEle, viver falando sobre Ele, reconhecê- Lo nos detalhes da vida  até pode me fazer acreditar que vivo a comunhão em sua essência!

De modo verdadeiro, comunhão espiritual traz referência a coisas como: “em que se crê?” l “o que se pratica?” (e esse ponto inclui o todo da vida, e bem importa esse todo!) l “onde se vai?” l “que valores se seguem?” 

Chego a básica conclusão: comunhão nada tem a ver com estar junto ou proximidade! 


Comunhão é busca incessante por coisas em comum com Ele, busca plena pela semelhança nEle!

Os versos 6 e 7 da primeira epístola de João expõe a questão da comunhão com o “ter coisas em comum”. Lê-se: "Se dissermos que mantemos comunhão com Ele (o Pai) e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade". Logo aquele que andar em trevas não tem “coisas em comum” com Ele, não tem comunhão. E como desfecho vem: "Se porém andarmos na luz, como Ele (o Pai) está na luz, mantemos comunhão uns com os outros...". 


A última porção do verso 7 soa surpreendente! Estar na luz é estar desenvolvendo comunhão nEle e consequentemente com o outros!

Defino em paz: não existe boa comunhão (e esta estou considerando “uns com os outros”) se primariamente ela não estiver sendo exercida nEle! 

E o desejo passa a ser por uma vida de plenitude na luz!



06 novembro 2011

começo



Por incentivo de uma grande amiga, Rachel Reis, começo minha jornada de vida escrita, se assim posso me referir! Espaço prá compartilhar pensamentos, citações, imagens e aquilo que tem movido minha vida!
Defino assim: "Dando-me espaço, o mais precioso dos presentes - espaço para escrever, espaço para ser." (--)